terça-feira, 27 de julho de 2010

Os 40 Milhões



Dí Maria foi valorizado pela praça dos Benfiquistas por 40 milhões. Sendo eu Benfiquista mas não um entusiasta de Di Maria obviamente que me opunha. Fez uma época muito boa sendo um dos pilares de Jesus no ataque criando golos, assistências e velocidade. No entanto pergunto-me: onde ficam aqui os 40 milhões? Estou seguro que foi uma excelente venda, por agora de 25 milhões, dando espaço até aos 35. Foi uma grande venda mesmo.

Podem dizer que tem potencial e que nas mãos de Mourinho, se souber trabalhar, irá ser bom jogador, mesmo tendo feito um Mundial decadente.

Mas pergunto-me: queriam que o Di Maria valesse tanto como o Villa?

Pensem outra vez.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Adeus, Imortal!


Pensei em escrever um texto longo, especial. Mas com certeza iria perder-me em divagações estatísticas e sentimentais que fariam com que a mensagem perdesse fulgor.

Delfín Melero, da Marca, resume em poucas linhas tudo o que nestes dias vai na alma dum madridista e raulista convicto. Pungente.


"La inmortalidad de Raúl


Se marcha Raúl y no son palabras mayores, es la Biblia en verso. Se va Raúl a la Bundesliga, pero su presencia permanecerá siempre en el escudo del Real Madrid. "Raúl es el Madrid y el Madrid es Raúl". Lo explicó Butragueño, futbolista también legendario que vio en primera persona la irrupción meteórica de un niño de San Cristobal de los Ángeles que se forjó una estatua madridista desde que debutó en La Romareda.


Raúl jugó su último partido con la camiseta de su vida, precisamente, en ese estadio. Todo acabó para Raúl donde empezó todo. El servicio final del '7' a la Casa Blanca fue un gol imposible, un gol que marcó cojo, lesionado, pero no herido en su orgullo. El último tanto de Raúl le representó como ningún otro.


El capitán acudió a un remate al que no hubiese ido nadie. Era imposible para el resto. El '7', cojeando, apareció dentro del área, sorprendiendo, y marcando con la izquierda. El resto le daba igual. Había marcado por el Real Madrid. Después de los servicios prestados se marchó sustituido. Ni él mismo sabía que iba a ser su último encuentro con el Real Madrid. Fue el final más romántico para un futbolista sentimental.


El mejor sin ser el mejor


Raúl es único. No aparecerá otro como él en décadas, si es que alguno se atreve a ser como el '7'. Raúl es futbolista porque quiso, porque había nacido para convertir los sueños en realidad. Dios no le dio las facultades para jugar al fútbol que sí le dio a otros. Raúl no es el mejor rematador, pero ha fusilado porterías. No es el más rápido, no es el más fuerte, pero en la malvada selva del fútbol es el 'macho alfa'. Raúl es el más listo de todos, el futbolista más grande que ha vestido la camiseta del Real Madrid junto a Alfredo Di Stéfano.


Raúl es el niño que se duerme en un autobús el día de su debut con el Real Madrid, es el joven valiente de 17 años que reta a Vierchowod, es el blanco que dribla a medio Atlético de Madrid, es el chico de barrio que inventa un regate para ganar la Intercontinental, es el madridista que se presenta en el Camp Nou y se atreve a mandar callar a sus enemigos azulgranas.


El '7' también es el futbolista de negro que se recorre medio campo parisino para sentenciar una Copa de Europa, es el ladrón que aparece en un saque de banda para robarle la cartera al Leverkusen, el delantero que marca tumbado en el suelo. Raúl es todo eso y mucho más.


La eternidad


Los números, indiscutibles, le apoyan, pero Raúl no es sólo datos. Las cifras no deben hacer olvidar lo realmente importante, su huella, la de un futbolista irrepetible que nació para jugar en el Real Madrid. Cuentan que a partir de ahora algún socio madridista verá las cosas de otra manera. No estará Raúl en el campo, pero seguirá jugando en el Real Madrid. Lo hará con el corazón y desde la distancia. Raúl no se va, sólo se ha tomado un tiempo."

terça-feira, 13 de julho de 2010

Os melhores!


Comentava entre os dias de ontem e hoje com alguns amigos meus que não havia forma lúcida e coerente de negar que o título de campeão mundial é justo e premeia aquela que é sem dúvida a melhor selecção mundial dos últimos anos.

A Grécia do Euro '04 era uma equipa banal em estado de graça, que num mês pulverizou tudo o que lhe apareceu à frente. Podiam ter vindo a Argentina ou o Brasil que os rapazes de Rehhagel, naquele fatídico Verão de 2004, varreriam na mesma qualquer oponente.

Houve mérito, inegavelmente. Ninguém ganha por acaso nem obra do Espírito Santo. Mas é óbvio que naquele momento não havia vivalma que considerasse a Grécia realmente a mais forte equipa da Europa. Com certeza nem os próprios gregos se tinham nesse patamar.

Há 4 anos atrás, no Mundial '06 na Alemanha, mais do mesmo, embora em registos menos "grosseiros", digamos assim. A Itália foi campeã mundial com todas as virtudes e defeitos que uma típica equipa transalpina quase sempre apresenta: um guarda-redes alienígena, uma metódica organização defensiva, uma brilhante cultura táctica da linha média, um ponta-de-lança matador...e um génio na linha de 3/4 do meio-campo: Totti.

Aliás, como acontece quase sempre de cada vez que a Itália se transcende: Totti em 2006 fez de Meazza, de Rivera, de Baggio.

Há um mérito enorme no trabalho de Lippi, a equipa era muito forte, com um Buffon estratosférico, um par de centrais que fizeram um torneio assombroso, inúmeras e excelentes opções na linha média e um ataque que se complementava na perfeição. Venceram, quiçá bem, e deixaram-me de lágrimas nos olhos por ver o meu maior ídolo futebolístico terminar a carreira daquela forma. Mas será que aquela Itália era realmente a melhor selecção do Mundo, a mais forte potência?

Não creio. Aliás, acho até que se passados uns meses se realizassem mais 1 ou 2 Campeonatos do Mundo, muito dificilmente a Itália sairia vencedora. Independentemente da possível justiça da sua vitória.

Agora com esta Espanha não é esse o caso. São os melhores. De longe. O Euro '08 foi ganho com uma superioridade alarmante, a fase de qualificação para o este Mundial um passeio no parque, os jogos amigáveis - mesmo os mais complicados, com Inglaterra e França - pendiam sempre para o seu lado...e agora isto. Campeões mundiais. Sempre a jogar melhor e a dominar os adversários. Sempre. Na "hora do agrião", quando o Campeonato do Mundo realmente começou, venceram 4 encontros consecutivos por 1-0.

Uma equipa praticamente perfeita. Um plantel mais luxuoso que uma suite dum hotel 6 estrelas em Abu Dhabi. Opções para todos os gostos, alas desequilibradores, avançados altos e potentes, médios refinados, uns melhores no último passe, outros com mais chegada e golo, outros ainda com um sentido posicional geométrico, defesas sobriamente soberbos e soberbamente sóbrios, um guarda-redes estrelar...são os melhores.

E não me parece muito que tão cedo deixem de o ser.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Miguel - O Santo



Miguel. Mais uma vez. De acordo com alguns jornais da nossa praça o menino foi apanhado outra vez no meio de desacatos em discotecas. Pode não ser culpado de nada nem sequer ter disparado na arma, mas o que me atormenta é que Miguel está sempre lá no meio. Foi em Valência, foi em Lisboa, foi no Algarve e agora na Margem Sul. Começa a ser difícil existir por aí uma discoteca para o rapaz estar descansado e não haver tiros, copos partidos na cara, porrada nos jornalistas ou simplesmente roubos.

Gostava do Miguel no Benfica e no Euro 2004. Hoje está mais gordo (Balofo!), mais lento e nota-se que já não tem a frescura de há 6 anos atrás. A idade não é desculpa até porque, com o passar dos anos, o que se perde em velocidade ganha-se em inteligência e posicionamento. Miguel está longe disso.

Neste Mundial fez falta um Miguel à antiga. Não esteve lá para nós. Receio mesmo que nunca mais vá lá estar.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Foge Foge Bandido Anão!



"Prefiro sempre ter ao meu lado um treinador como Van Marwijk do que dois idiotas como Dunga e Maradona»

Não sei o que levou Sneider a comentar Dunga ou Maradona mas provavelmente esta frase foi retirada do contexto. No entanto, mesmo retirada do contexto devemos ter em conta o seguinte: para Sneider, Dunga e Maradona são dois idiotas.

Compreendo.

Sneider quanto a  mim é o mais forte candidato a Jogador do Ano. Se eventualmente for campeão do Mundo torna-se uma injustiça quase dramática não considerar o "Anão Laranja" o melhor de 2009/2010. Contudo esta frase já vem tarde. Sneider profere estas palavras após a eliminação das equipas lideradas por Dunga e Maradona. Tanto numa como noutra, convenceram q.b. neste mundial. A Argentina fez grandes jogos mas bastou apanhar uma equipa organizada para ser humilhada. O Brasil de tão equilibrado que queria ser, ficou preso por arames na segunda parte com a Holanda onde este "Anão Laranja" foi determinante.

O facto de Sneider ter dito isto após a América Latina dos fortes ter ido para casa torna as declarações um bocado rotas. Ou seja, imaginemos que Sneider tinha dito isto antes do jogo Holanda-Brasil. No mínimo, o Filipe Mello tinha-lhe partido 1 perna e os dois braços. Dunga tinha entrado em campo e partia-lhe a outra perna. Estarei errado?

Foge foge bandido anão.


sexta-feira, 2 de julho de 2010

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pessoas inteligentes pensam da mesma forma


 
Sobre Ronaldo e toda esta polémica Mourinho disse: «Agora tem de aproveitar as férias. Tem que ficar tranquilo. Na próxima temporada não deixarei que ninguém coloque sobre ele toda a responsabilidade de uma equipa»

Pessoas inteligentes pensam da mesma forma.

É o bode expiatório, estupido!



Para começar, Portugal fez o Mundial que se exigia. Atingir os oitavos é um bom Mundial para uma selecção como a nossa: sem soluções no ataque, sem Bosingwa (lesionado), sem Deco em forma, sem Nani (neste momento num torneio de futsal com os amigos), com Ricardo Costa a lateral direito adaptado com dois laterais de raíz no banco (esta é genial), com Pepe ainda a medo e acima de tudo com o maior barrete do futebol português: Carlos Queiroz.

Sabíamos de antemão que Queiroz não era Scolari e esta selecção não é a de 2004 ou a de 2006. Esta é uma selecção em rotação e em renovação (nem que seja de passaportes) e como tal, previa-se uma ida até aos oitavos, passando em segundo do grupo apanhando a Espanha já com bilhete reservado para casa. Não se pode exigir mais. Não se pode mesmo. Não temos selecção, ponto final.

No entanto poderíamos ter saído com uma imagem diferente. Podíamos ter atacado mais, jogar sem medo e de igual para igual. Concordo. Mas temos outras ilações a tirar: finalmente o Bruno Alves e o Carvalho jogaram juntos sem qualquer ameaça do Pepe; sofremos apenas 1 golo e fomos para casa; marcámos num só jogo e foram 7, só para dar alguns exemplos.Temos ainda dos melhores ataques e das melhores defesas. É com exemplos como este que temos sempre de questionar as estatísticas. É preciso averiguar mais.

Este povo bipolar tem sempre que se virar para algum bode expiatório. E quem melhor do que o mais prejudicado na nossa selecção, a jogar na frente sozinho, a correr mais que todos? Pegamos no que ele disse por estar chateado por perder, pegamos nas exibições fracas (?!) dele e nos anúncios da Nike, no ordenado e nas namoradas e temos um bode expiatório! Ronaldo já não faz falta, não jogas nada, não marcas golos e és mau capitão.Depois disto chegamos à conclusão que a culpa é dele e que não temos líderes de jeito em Portugal e por isso é que o País não anda para a frente.

Enfim...é o bode expiatório estúpido!

terça-feira, 22 de junho de 2010

O meu Mundial está feito...


A pedido do meu amigo Capitão Santos, transcrevo a seguinte frase (originalmente um sms):

"Vive la France. O Mundial está feito. Allez Platini...A culpa foi, com certeza, de um roupeiro que é neto de Portugueses."

Garota de programa... de rádio.


Chegado do trabalho sintonizei a rádio do meu automóvel numa qualquer estação FM que me acompanhasse no caminho para casa. Eis que os meus ouvidos se entretêm com mais um programa desportivo cujo tema, para não variar, é o Campeonato do Mundo de Futebol 2010 na Africa do Sul.
António Pedro Vasconçelos, realizador de cinema e... enfim... pouco mais. Realizador de filmes como CowGirl, essa magnifica criação cinematográfica Portuguesa cuja única razão de existir se prende essencialmente com as megalómanas curvas do corpo da actriz principal e com um rebarbado personagem interpretado pelo grande Nicolau.
Contextualizados que estão, resta-me em jeito de conclusão elucidar-vos de que um dos iluminados com direito de antena no tal programa de rádio que "corria", era este nosso representante da Sétima Arte.
O problema foi esse...
Fui obrigado a ouvir as seguintes frases:

"Carlos Alberto Parreira é o pior treinador do Mundo, repito, DO MUNDO... e foi o principal responsável pela descaracterização da selecção brasileira nos últimos anos, juntamente com Luiz Felipe Scolari..." - Em relação ao Carlos Alberto Parreira eu não me pronuncio, o nome que ele disse a seguir... enfim... deixo ao vosso critério.

"Depois desta vitória por sete a zero à Coreia do Norte o Miguel (que não jogou nada segundo o autor da frase) deveria sair do onze e dar lugar ao Paulo Ferreira, que é muito melhor..." - Mas que jogo vi eu? Se calhar vi um jogo de andebol contra a Eritreia e o Miguel que vi em campo afinal era o Solha.

" O  Ruben Amorim tem de ser titular contra o Brasil, por ser CLARAMENTE o médio mais completo da Selecção Nacional... será a melhor opção para, juntamente com o Paulo Ferreira, completar a ala direita da Equipa Portuguesa." - Até parece que já estou a ver as combinações entre estes dois "craques". (Vcs sabem que eu adoro o Ruben Amorim mas esta frase é demais...)

Depois para finalizar, e quando nada o fazia prever...

"Não sou apoiante do futebol de Mourinho, antes pelo contrário... Se contra o Barcelona, no Nou Camp e com menos um jogador, é normal a diferença em termos de posse de bola, na final da Liga dos Campeões a diferença na posse de bola (70 e tal para o Bayern pelas palavras do mesmo...) é ridicula. Aquilo não é futebol, é Anti-futebol..." - Mas quem é que ganhou a Liga dos Campeões, Teça de Itália e Campeonato Nacional?

É para chorar ou para rir?
Fiquei pasmo...
Desliguei o rádio, entrei em casa e embebedei-me com shots de Gold Strike (Esta parte se calhar não aconteceu...) Apenas e só para me esquecer que nasci no mesmo País que este senhor!

Palavras para quê? É um artista português...




segunda-feira, 21 de junho de 2010

A Lição de CR7


A minha admiração por este míudo é inadjectivável. Mas hoje estou aqui apenas para dizer que, ganhando o prémio de melhor em campo, deu ao Tiago.

Agora venham cá com o arrogante, vedeta e falta de humildade.

A esses todos: vão encher-se de moscas!

domingo, 20 de junho de 2010

Maicon - O Animal ( ou a razão pela qual o Daniel Alves não "calça")



O Maicon é um animal. Defende como ninguém, ataca como poucos e neste momento é, sem dúvida, o melhor lateral direito do Mundo.

É um Animal.

Vive le France!



Anelka foi expulso da selecção francesa. Sempre foi um palhaço do futebol mas bom jogador. Tem cérebro de galinha e faro de golo. Um animal raro, portanto.

Anelka insultou o treinador. "Filho da puta", parece-me. Óbvio que foi para casa. Sem pedir desculpa.

Anelka foi para casa. A equipa, com Evra como bandeira, fez greve, fazendo com que o treinador lesse um comunicado humilhando-se perante os jornalistas.

Sendo ponto assente que o Domenech não cumpre os mínimos olímpicos da simpatia ou da inteligência, o que é facto é que se fosse com um treinador como Mourinho, Capello ou Lippi estávamos todos a crucificar o Anelka. E isto põe-me a pensar se realmente é justo ter dois pesos e duas medidas.

Penso que Domenech está a deitar-se na cama que ele próprio fez. Mas tudo isto não invalida o facto de Anelka ser um palhaço que sempre foi e de Domenech ter tomado a decisão correcta. O Deco há 3 ou 4 dias disse coisas mais leves e já o queriam fora da equipa. Não faltaram os típicos comentadores e analistas (?) do futebol para dizer que o que Deco fez era inaceitável. E foi.

No fundo esta greve da selecção francesa lembra Saltilho 86. Por razões diferentes, mas com a ausência de algo idêntico: uma referência.  O seleccionador francês é realmente o típico francês snob e maniento que persegue Portugal, mas neste caso, parece-me a mim, que não devia ter feito outra coisa.

Já agora, para o bem e o mal, a França não devia estar neste Mundial. Nunca acreditei em coincidências. 

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Amigo Platini

Va te faire foutre!